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Zumbilândia: Atire Duas Vezes | Crítica

Atualizado: 27 de out. de 2019

Houve um tempo, há uma década, que filmes com zumbis saturaram as telas e perderam notoriedade. Uma dos filmes desse período conseguiu fazer sucesso com uma proposta diferente, foi justamente o Zumbilândia de 2009. Hoje, já 10 anos depois, com um elenco carregando mais indicações, alguns prêmios – entre eles, até Oscar – e uma Abigail Breslin de 23 anos, para deixar qualquer marmanjo sentindo-se velho – inclusive posso falar por mim –, Zumbilândia: Atire Duas Vezes chega cheio de humor, mantendo a linguagem utilizada em 2009, e se aproveitando disso para fazer piadas consigo mesmo.


Uma reunião bem bacana!

Uma impressão que o filme passa é que o diretor Ruben Fleischer teve uma ajuda do tempo, que o fato do filme acontecer 10 anos depois – e após tantas especulações sobre sua possível produção –, terminaram ajudando a convencer ao público que aqui não se trata de uma sequência feita de qualquer jeito, não trazendo o elenco original apenas para uma reunião estranha e arrancar alguns dólares do seu público.


Agora, com todos os seus personagens mais velhos, temos um Tallahassee (Woody Harrelson) enfrentando, de alguma forma, uma espécie de crise a meia-idade e um relacionamento disfuncional – mas que dá muito certo – de “pai e filha” com Little Rock (Abigail Breslin), que agora já está com 18 anos e quer conhecer pessoas da sua idade. Enquanto Columbus (Jesse Eisenberg) e Wichita (Emma Stone) formam um casal que passa por uma crise no relacionamento, com direito a muitas alfinetadas e respostas cheias de sarcasmo entre si.


E toma um esteriótipo na cara!

Após uma apresentação cheia de ação, piadas e referências a outras obras que tratam de zumbis e sobre outros temas da cultura pop, o filme entrega o foco central da trama do filme, a fuga de Little Rock com um pacifista hippie bem caricato, chamado Berkeley (Avan Jogia), para o desespero de Tallahassee, que vê nele apenas coisas que ele despreza.


E falando em algo caricato, temos também a irritantemente simpática Madison (Zoey Deutch), representando uma imagem estereotipada – e ao mesmo tempo uma crítica social – de uma patricinha. A personagem começa bem, entregando algo engraçado em seu primeiro momento, mas termina incomodando bastante com o passar do tempo na trama, nos dando a impressão que seu papel seria mais bem aproveitado se fosse apenas uma participação momentânea no filme.


Columbus, Wichita e Madison.

Depois, nos é apresentada Nevada (Rosario Dawson), uma versão feminina do próprio Tallahassee, com a mesma agressividade e paixões, que infelizmente não é tão explorada, mas agrada muito durante seus momentos em tela. E junto com ela, também, nos é apresentado Albuquerque (Luke Wilson) e Flagstaff (Thomas Middleditch), uma dupla muito parecida com Tallahassee e Columbus, numa participação curta, porém bem engraçada – e que nos mostra o que deveria ser a participação de Madison na trama.


Os clones de Columbus e Tallahassee.

Uma coisa que desagrada no filme é um quebra do seu ritmo por um momento, durante seu meio, rendendo alguns altos e baixos, indo de um extremo ao outro entre a graça e o desanimo. Mas isso está longe de ser um grande problema no filme. Ainda temos algumas coisas que valem ser mencionadas, como a evolução dos zumbis, existindo agora variações – nomeadas com referências e piadas –; cenas de ação bem coreografadas e carros customizados a lá Mad Max e Madrugadas dos Mortos, e piadas fazendo alusões a coisas contemporâneas, utilizando a linguagem do primeiro filme para criar um contraste bem interessante.


Zumbilândia: Atire Duas Vezes possui alguns problemas com o ritmo do seu roteiro e alguns personagens pouco desenvolvidos, mas que são compensados com seus protagonistas muito carismáticos, piadas bem elaboradas, referências, ação e muito carisma como um todo, deixando claro que o filme realmente foi bem pensado antes de sua execução – e me fazendo pensar que ele talvez não teria sido bem executado se fosse feito apenas 2 ou 3 anos após o original –, para entregar algo tão bom, quanto o original de 2009. Aqui, sem dúvida, temos uma continuação que vale a pena ser assistida.



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