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Wonka | Crítica sem spoilers


"Um jovem sonhador chamado Willy Wonka pretende abrir uma loja para vender seus incríveis e deliciosos chocolates, mas para isso ele vai ter que lidar com algumas pessoas que ficaram insatisfeitas com sua aparição. Mas Wonka continuará em busca de seu sonho e vai se aventurar com novos amigos".


De maneira breve, essa é a sinopse do filme Wonka, dirigido por Paul King, também conhecido por dirigir As Aventuras de Paddington (2014) e Paddington 2 (2018), e conta com o roteiro também de Paul, além de Simon Farnaby, os quais se basearam no livro de Roald Dahl. A história rapidamente introduz o objetivo de Willy Wonka — não que seja uma surpresa para o público — e também já mostra de cara o obstáculo que o personagem deverá enfrentar. Muitos filmes fazem essa apresentação de maneira rápida e podem jogar as informações logo de cara, o que é algo muito ruim, porém este não é o caso de Wonka.


Por ser a história de um personagem tão conhecido entre os espectadores, o enredo não teve problema em conduzir a introdução, afinal, muitas pessoas conhecem Willy Wonka pelo clássico A Fantástica Fábrica de Chocolate (1971), em que o ator Gene Wilder fez o renomado chocolateiro, mas também pelo remake de 2005, interpretado pelo talentoso Johnny Depp. Mas caso alguém não tenha assistido nenhum desses outros filmes, não há problema em assistir Wonka, pois, como citei, o filme faz uma ótima introdução e não perde tempo em dar as informações necessárias.


Sobre o elenco, Timothée Chalamet e Calah Lane, que interpreta a jovem Noodles, são o grande destaque e possuem uma ótima química. E algo que achei maravilhoso foi que o roteiro dá espaço a Timothée ser um Willy Wonka que relembra tanto Gene Wilder quanto Johnny Depp e isso se deve as suas expressões corporais, que lembram o que Gene fazia, quando ele interagia com algumas pessoas e apresentava seus produtos; já o que lembrou de Depp, são suas expressões faciais, o brilho nos olhos para o fantástico e a alegria de um jovem sonhador. Isso com certeza não é algo simples de se fazer e mais uma vez Timothée Chalamet provou porque é um dos maiores jovens atores de sua geração.



Enquanto isso, Calah Lane não se deixou ser ofuscada, mostrando ser uma garota curiosa com os trabalhos do chocolateiro e se maravilhando com cada chocolate e situação inusitada que se encontrava. Não apenas isso, sempre que uma cena pesava, ainda que seja um filme voltado ao público infantil, Calah sempre deu o peso certo e necessário para a trama.



Todavia, os outros atores não surpreenderam tanto, mas não é culpa deles, mas do roteiro que não os beneficiou, porém pode-se dizer que Paterson Joseph, que faz o papel de Slugworth, fez bem o seu personagem, alguém poderoso e temível, mas com bons momentos de piadas. Ademais, devo dizer que mostrar atores bem conhecidos como Rowan Atkinson e Hugh Grant (Oompa-Loompa), serviram apenas para chamar atenção, pois quase não aparecem no filme, sendo que Hugh possui um tempo maior de tela. Quem aparece mais vezes e sempre diverte é o comediante Keegan-Michael Key, que vive o chefe de polícia no longa.


Há algo no filme que gostei particularmente e é a direção de arte. Esse setor é o responsável pela ambientação, cenários e figurino, falando de maneira resumida, e ele se destaca quando Wonka começa a se desenvolver na história. Quanto mais problemas ele enfrenta e se aproxima de seu sonho, os prédios e roupas ficam coloridos, possuem vida e em um certo momento da história é possível vermos uma referência da fábrica de chocolate no meio de seu filme com as pessoas se maravilhando comprando chocolates. Como alguém que cresceu assistindo aos dois filmes, esse tipo de detalhe realmente me deixou feliz.



Por fim, devo dizer que a história no geral é previsível. Sempre que uma situação aparecia, já se pensava na possível consequência e, infelizmente, é o que ocorria, e isso realmente decepciona um pouco. Não que era esperado que Wonka seria um filme grandioso como outras obras clássicas, mas uma pena que o enredo ficou preso no clichê. Entretanto, é um filme bom e divertido para assistir em família.


E, para aqueles que não gostam de musicais, em Wonka não há cantorias sem parar como muitos julgam e as canções ocorrem ocasionalmente, mas bem pontuais. Aliás, o filme tem uma boa dublagem, então para quem prefere essa versão, pode ficar tranquilo que as músicas também são dubladas.


No geral, Wonka é um filme com alguns pontos positivos e agradam o público, ainda que seja um tanto previsível e poderia dar mais detalhes do universo que todos adorariam saber, mas, ainda assim, é uma boa obra.



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