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Um outro Reboot?


Os fãs de quadrinhos, sobretudo aqueles que iniciaram nos anos 2000, estão familiarizados com os não raros reboots que as gigantes DC Comics e Marvel Comics fazem com suas linhas editoriais. A DC com mais frequência, pois só enquanto começou a ser publicada pela Panini, em meados de 2002 (após a controversa fase Premium da Abril) a casa da Liga da Justiça já teve dois reboots, primeiro com o selo 'Novos 52' em 2011, remodelando a origem, desenvolvimento e até mesmo a morte de vários heróis, trazendo outros de volta e jogando alguns no limbo. Em seguida, em 2016 a DC repetiu a dose e usou a mesma receita de uma super saga cataclismica que "redefiniu (de novo) o universo DC". A questão é saber até onde isso é bom e útil. Por um lado, o inicio de um novo ciclo pode atrair novos leitores e ainda mais trazer de volta alguns que possam ter abandonado o hábito ao longo dos anos. Em contrapartida, uma interrupção e um novo começo pode gerar uma falta de segurança, sobretudo em leitores de vanguarda, pois eles já sabem que muita coisa será alterada e acredite, isso pode gerar irritação em alguns. Há dois meses, os leitores da DC notaram que o selo "Renascimento", inserido em uma faixa azul no topo das capas, não consta mais, ficando apenas o selo de 'Universo DC' no lado esquerdo superior, mas sem zerar a cronologia em contagem ou na história em si, para o alívio de muitos.



No entanto, uma zerada em sua cronologia não é exclusividade da DC Comics. Recentemente em 2018 a Marvel Comics anunciou o mesmo em suas publicações, com o titulo de 'Fresh Start', em Maio passado, devendo chegar ao Brasil entre Junho e Agosto. É bem verdade que a "casa das idéias" tem uma frequência bem menor que sua concorrente, conseguindo manter a cronologia nos anos 90, mesmo após épicos como a Desafio Infinito, Guerra Infinita e Cruzada Infinita.


Em um tempo onde tudo ao nosso redor é digital e onde grandes jornais e revistas estão a cada dia se acabando e se rendendo quase que exclusivamente às plataformas digitais, isso quando não se extinguem, é preciso saber dosar a periodicidade dessas 'mega sagas devastadoras', que o público até gosta, mas que pode se tornar saturada, se não for bem aplicadas.

Por Hugo Almeida

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