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Um Lugar Silencioso: Dia Um | Crítica sem Spoilers

Um Lugar Silencioso e sua sequência conquistaram o público com uma proposta inovadora: Um terror minimalista em um mundo pós-apocalíptico dominado por criaturas sensíveis ao som. A direção precisa de John Krasinski, a atuação impecável de Emily Blunt e o roteiro transformaram a franquia, principalmente a primeira parte em um sucesso estrondoso, aclamado pela crítica e público.


O suspense constante, a tensão palpável e a engenhosidade dos Abbott para sobreviver em um mundo de silêncio absoluto criaram uma experiência cinematográfica única e imersiva. A originalidade do projeto, a qualidade da produção e a mensagem poderosa sobre a união familiar e a resiliência humana em face da adversidade fez o primeiro filme se destacar entre os lançamentos do gênero na época de seu lançamento.



Um Lugar Silencioso: Dia Um, ambientado no primeiro dia da invasão alienígena (que já foi foi apresentado de uma forma bem superior no início de Um lugar Silencioso: Parte 2), apresenta novos personagens, Lupita Nyong'o (Nós, 12 Anos de Escravidão) interpreta Sam, uma mulher com câncer terminal que vive em uma clinica de cuidados paliativos, mau humorada e difícil, que é levada para um passeio na cidade de Nova Iorque, que só aceita por um motivo aparentemente simples, mas com um contexto bem mais profundo. É quando o caos da invasão se instala e nesse turbilhão de terror, que o caminho de Sam e seu gato Frodo, se cruzam com o de Eric, um estudante de direito britânico interpretado por Joseph Quinn (Stranger Things, Gladiador 2). Juntos, os dois improváveis aliados precisam navegar pelos destroços da cidade, buscando refúgio e lutando pela sobrevivência.



O filme consegue nos entreter com ação, momentos reflexivos e "elementos de terror e suspense". Com boas atuações e com uma direção competente de Michael Sarnoski. No entanto, não deixei de sentir mais uma versão genérica de Batalha de Los Angeles, Guerra dos Mundos e até o foundfootage Cloverfileld, do que um filme ambientado no universo de Um lugar Silencioso.



A mudança de estilo para um thriller de suspense mais tradicional, com mais ação e sustos explícitos, pode agradar à um público mais amplo, e funciona como filme solo, mas pode decepcionar os fãs que apreciavam o suspense mais íntimo e a atmosfera sombria e única dos dois primeiros filmes.


Os personagens são carismáticos, mas a narrativa não os explora como poderia principalmente o personagem de Quinn, não que isso seja um artificio narrativo ruim, deixar em aberto o passado dos personagens e ir jogando pequenas migalhas para o espectador ir montando é usado a torto e a direta em vários outros projetos, porém funciona quando é bem desenvolvido. Há espaço para aprofundar dramas pessoais e reflexões sobre a humanidade diante da catástrofe, mas o roteiro se contenta com coisas superficiais.



É uma pena que um universo tão promissor, Michael Sarnoski que escreve e dirige o longa e até mesmo com a produção executiva do próprio John Krasinski, tenham nos entregue um filme raso em comparação com o universo em que se situa. É nos mostrado um rosto conhecido, para tentar nos lembrar que estamos vendo uma obra da mesma franquia.


O filme anda assim consegue caminhar com as próprias pernas, quando vemos mais de perto o drama da personagem de Nyong'o, sentimos o peso que a personagem carrega, principalmente no terceiro ato até a cena final.



No fim das contas é um filme que vale a visita ao cinema, mesmo sendo inferior do que seus antecessores. Os efeitos visuais estão fenomenais, há momentos impactantes e emotivos, partes claustrofóbicas que lembram Eu Sou a Lenda, e até perseguições aterrorizantes com elementos da série The Last Of Us.


Nos resta esperar que as próximas produções da franquia, continuando o prequel, Um Lugar Silencioso 3 ou até mesmo um crossover, resgatem a originalidade e o impacto que tornaram o primeiro filme tão especial.


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