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O Dia das Bruxas | Crítica sem Spoilers

Com um elenco inteligente e um cenário adequadamente sombrio em Veneza, o diretor de Morte no Nilo dirige e protagoniza mais um mistério da sua querida Agatha Christie.

A última aventura de Poirot de Kenneth Branagh, o filme de mistério, O Dia das Bruxas segue com a mesma abordagem usada em seu trabalho anterior, Morte no Nilo estrelado por Gal Gadot que acontece no Egito, aqui se passa em uma noite numa mansão sombria em Veneza no meio de uma tempestade.


O longa também pode ser usado como um estudo de caso sobre o poder do elenco para melhorar ou destruir um filme.


Branagh traz exatamente o mesmo grau de afeição com bigode em sua atuação como o mestre detetive belga. Mas desta vez ele escalou atores inteligentes que são capazes de desaparecer em seus personagens – Tina Fey, com suas falas em staccato e máquina de escrever como a romancista policial Ariadne Oliver, A tristeza e exuberante Kelly Reilly como a célebre cantora Rowena Drake.

A adaptação de Agatha Cristie entre outros projetos de Keneth, consegue ser melhor em alguns aspectos do que suas abordagens nos filmes anteriores baseado nos romances, seguindo a linha investigativa que a própria Cristie usava com artificio, a trama de um assassinato misterioso, e a busca investigativa do perpetuador, família ou cidade.


O filme em sua essência traz o mistério com uma pitada de morbidez. Dos filmes baseados em obras de Agatha Christe esse é o com menos falhas comparado com adaptações anteriores, Branagh com seu Poirot entrega uma das melhores atuações de sua carreira, seus maneirismos e toques estão fenomenais, posso confirmar já que ele é a melhor coisa do filme, não que seu elenco de apoio não seja bom o suficiente, pelo contrário, a estrela de Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, Michele Yyoh como uma vidente duvidosa entrega uma performance memorável, Kelly Reilly a única filha de Kevin Costner e destaque de Yellowstone, aqui não inova tanto, é aquele mais do mesmo, porém ela consegue acompanhar e dar andamento a narrativa.

A trama do longa é envolto na Sra. Reynolds vivida por Reilly, que decide realizar uma sessão espírita, na esperança de entrar em contato com o espírito da filha do cantor de ópera, que morreu em circunstâncias misteriosas no palácio um ano antes. Como sempre um dos convidados da festa é assassinado e, embora Poirot esteja oficialmente aposentado, ele decide assumir o caso. Ele até pede a sua amiga escritora de mistério, Srta. Oliver de Tina Fey, para ajudá-lo a entrevistar os suspeitos, atrás de pistas e informações. não deixando de lado a própria escritora.

Diferente de seu conterrâneo, Sir. Arthur Conan Doyle e seu Sherlock Holmes, seu personagem Hercule Poirot, mesmo com seu cinismo e ceticismo, é um personagem é mais natural, e é isso que Branagh buscou em sua abordagem do famoso detetive, mesmo com mais fluidez e mais emocionalmente envolvido nos acontecimentos ao seu redor do que seu "adversário em potencial" de outro universo ou livroverso, Holmes que é muito mais analítico e minucioso.

No geral o filme A Noite das Bruxas acerta onde deveria, deixa o espectador engajado, com sua sua atmosfera sombria de Veneza nos anos 40 pós Segunda-Guerra, mas peca pela fórmula repetitiva: suspeitos de um assassinato e quem matou? O mordomo? Referencias a parte, o longa seria um estrondo se fosse o estreante do gênero, mas com filmes com mesma temática e séries como The Afterparty e Only Murders in The Building saindo a torto e a direita, não ressoa tão natural para o espectador comum.


O novo filme de Kenneth Branagh entrega o que se propõe, nada mais, nada menos, é um filme interessante, cômico e bastante previsível.


Nota deste redator:


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