Depois de “Meia-Noite em Paris”, Woody Allen retornará à capital francesa para seu 50º filme, que ele descreveu como um “thriller romântico venenoso” com um par de estrelas francesas, Valerie Lemercier (“Aline”) e Niels Schneider (“Love Affair”).
O filme sem título, cujo enredo está sendo mantido em sigilo, começará a ser filmado no próximo mês e será inteiramente em francês com um orçamento na faixa de US$ 10 milhões. Allen descreveu o filme como semelhante a “Ponto Final: Match Point”, pois seria “emocionante, dramático e também muito sinistro”.
Allen gerou manchetes no início desta semana depois que o jornal espanhol La Vanguardia publicou uma reportagem informando que o cineasta de Nova York havia dito a eles que planejava se aposentar. O representante de Allen então emitiu uma declaração dizendo que o diretor “ não tinha intenção de se aposentar ”.
Lemercier é uma popular atriz e diretora francesa cujo último filme “Aline”, um filme sobre Celine Dion, estreou mundialmente no Festival de Cinema de Cannes e lhe rendeu o prêmio de melhor atriz no Cesar Awards.
Schneider é um ator francês que atualmente está terminando as filmagens da série policial de Xavier Giannoli “Tikkoun” e já atuou em “Love Affair(s)” de Emmanuel Mouret. O filme reunirá Allen com a equipe que trabalhou em “Meia-noite em Paris”, notadamente Raphael Benoliel na Firstep, e a figurinista Sonia Grande.
Allen faz filmes na Europa há décadas; por exemplo, "Match Point", "Vicky Cristina Barcelona" e "Midnight in Paris", que ganhou um Oscar de melhor roteiro original.
Mas agora ele perdeu grande apoio nos EUA após o ressurgimento de alegações de abuso envolvendo sua filha Dylan e seus comentários sobre o movimento #MeToo. Acredita-se que ele esteja enfrentando mais dificuldades para encontrar grandes atores americanos dispostos a estrelar seus filmes. Rebecca Hall, Timothée Chalamet e Greta Gerwig, por exemplo, disseram que se arrependeram de trabalhar com Allen.
O último filme de Allen, “Festival de Rifkin”, foi filmado na Espanha com um elenco liderado por Elena Anaya, Louis Garrel e Gina Gershon. Apesar das alegações, os filmes de Allen costumam ser populares na França, muitas vezes alcançando as maiores performances de bilheteria internacional do país. Mas o “Festival de Rifkin”, que abriu o Festival de Cinema de San Sebastian em 2020, vendeu menos de 100.000 ingressos na França.
Fonte: Variety
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