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Máquinas Mortais | Crítica

Mais um longa para a conta de Peter Jackson. Desta vez ele mergulhou fundo num mundo steampunk com um visual enferrujado e com muito vapor liberado. Esses elementos são um prato cheio para uma boa ficção científica, mas devem ser usados para auxiliar no desenvolvimento do enredo e não sobrepor-se a ele. Baseado no primeiro livro do universo homônimo imaginado por Philip Reeve, Máquinas Mortais mostra um mundo que está lutando para seguir em frente após a fatídica Guerra dos 60 Minutos. As populações que sobreviveram são forçados a viverem em cidades móveis gigantescas e mortais que atacam as cidades menores para conseguir recursos necessários.

Mas, apesar de uma boa premissa o filme acaba não convencendo muito bem. Talvez, se tivessem focado mais no deslumbre dos efeitos visuais que alcançaram (dignos de elogios) e apostassem em uma narrativa mais objetiva e direta, o longa poderia criar um novo legado sucedendo o magnífico Mad Max: Estrada da Fúria - uma obra-prima de ação pura e ininterrupta.

Máquinas Mortais ficou no comando de Christian Rivers e foi escrito por Phillipa Boyens, Fran Walsh e Peter Jackson. Mesmo com esses responsáveis experientes, a escolha foi criar uma grande rede de personagens que estão relacionados sem o menor sentido e que acabaram dificultando o desenvolvimento da aventura, tornando-a chata ao ponto de fornecer para o público a sensação de cansaço (o segundo ato foi realmente massante).

A fórmula pode não ser muito original, entretanto, a ideia de cidades sobre rodas lutando por recursos e, consequentemente, pela sobrevivência, é atípica e diferencia o seu futuro pós-apocalíptico da maioria das propostas dos filmes deste gênero. Os efeitos especiais em CGI, a sonoridade e a ação podem agradar os fãs de aceitação mais flexível. No fim das contas, Máquinas Mortais é um filme que errou em excesso mas que pode ter o seu público seleto que queria uma aventura futurista, no entanto não fornece complexidade e relevância na relação entre os personagens que foram criados na obra de Reeve.


Nota: 6,5 / 10,0


Por Moezio Vasconcellos


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