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Mufasa: O Rei Leão | Crítica sem spoilers

O prólogo do live action de O Rei Leão não prometia nada, e, de fato, entregou aquilo que prometeu.



Mufasa: O Rei Leão já está nos cinemas! Produzido pela Disney e dirigido por Barry Jenkins, o filme conta a história de Mufasa (Aaron Pierre / Pedro Caetano) e Taka/Scar (Kelvin Harrison Jr. / Hipólyto) antes de Simba (Donald Glover / Ícaro Silva). A trama tem a ajuda de Rafiki (John Kani / Bukassa Kabengele), Timão (Billy Eichner / Ivan Parente) e Pumba (Seth Rogen / Glauco Marques), que juntos contam a lenda de Mufasa à jovem filhote Kiara (Blue Ivy Carter / Morena Machado), filha de Simba e Nala (Beyoncé / Iza).


Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho até que ele conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino, além de revelar a ascensão de um dos maiores reis das Terras do Reino.



Dada a sinopse do filme, gostaria de enaltecer, primeiramente, os pontos positivos do longa – ainda que poucos. Sua direção não é ruim, na verdade Barry Jenkins tem excelentes trabalhos em seu currículo, como o vencedor do Oscar, Moonlight, por exemplo, e apesar de Mufasa não ser uma das melhores de suas obras, é uma boa direção. Outro ponto forte do filme é sua fotografia, as imagens cinematográficas casam muito bem com a direção em si e apresentam planos de diferentes ângulos. Em certas ocasiões nos deparamos com algumas cenas de frente para as personagens, tomando o lugar da câmera e criando uma nova perspectiva, em outras ocasiões vemos o plano mais aberto e amplo, o que contribui para dar dinamismo ao filme.


Além disso, Lin-Manuel Miranda – um dos maiores compositores de seu tempo – é o responsável pela trilha sonora cativante de Mufasa. As músicas se adequam à história e, sinceramente, são melhores do que o próprio roteiro, não deixando a desejar e fazendo jus à trilha sonora do filme original, escrita por Elton John. No entanto, é isso que o longa traz de melhor, visto que ninguém havia pedido por uma sequência ou prelúdio de um dos maiores clássicos da empresa, fazendo com que este seja apenas mais um filme que irá se perder no imenso catálago da Disney.


De forma geral, Mufasa não tem uma premissa verdadeiramente forte para acontecer, por isso – talvez na tentativa de achar uma justificativa para o filme – ele vem responder a perguntas que ninguém nunca se interessou em fazer sobre o universo do Rei Leão, como: "por que Scar tinha rancor de Mufasa?", "como Mufasa e Sarabi se conheceram?", "como Scar ganhou sua cicatriz?", "por que Scar não se tornou rei?"; são nessas perguntas que o filme é baseado, ou seja, ninguém pediu e não havia a necessidade de fazer, logo, não há um porquê para o filme.



Apesar da narrativa se desenrolar rápido, o roteiro deixa muito a desejar, é fraco e não consegue se sustentar ou inovar, fazendo com que ao longo do filme os diálogos fiquem cada vez menos atrativos. A forma como é trabalhada a irmandade entre Mufasa e Taka/Scar também é algo que já conhecemos e que não possui originalidade alguma, mais uma prova de que a Disney só queria empurrar esse filme para o público de todo e qualquer jeito. Além disso, em algum momento da narrativa, o filme tenta ou demonstra querer justificar o rancor e a maldade de Taka/Scar, como se quisesse gerar no público uma comoção com o personagem que viria a ser o grande vilão da história original, porém essa tentativa não vinga, tendo em vista que o desenvolvimento de Scar é oscilante: ora bom, ora mau, ora tenta se redimir, ora mau de novo; uma personalidade frágil e mal trabalhada.


Ainda sobre as personagens, é importante ressaltar que absolutamente nenhuma personagem é cativante, nem mesmo o próprio Mufasa, o que impossibilita criar alguma identificação com elas ou gerar emoção com a história. Nada na história traz o elemento ou o apego emocional, diferentemente do original Rei Leão.


Em suma, Mufasa: O Rei Leão é um filme que o público não pediu, que não tem motivação para acontecer, que não faria diferença alguma para a história original – até porque não traz nenhum elemento novo que contribua com a narrativa do clássico –, e que não merece uma ida ao cinema só por músicas boas e imagens bonitas, a menos que você seja muito fã de O Rei Leão, mas mesmo assim dá para aguardar chegar ao catálago da Disney+.




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