"Ligação Sombria" com Nicolas Cage estreia no Brasil e decepciona com roteiro fraco e diálogos dispensáveis
Acaba de chegar ao Brasil o tão aguardado Ligação Sombria (Sympathy for the Devil), estrelado pelo sempre enigmático Nicolas Cage e por Joel Kinnaman, e que já estreou no circuito local, inclusive no Cinesystem Maceió.
Dirigido por Yuval Adler, o longa tenta se vender como um thriller psicológico cheio de suspense e reviravoltas, mas infelizmente entrega uma experiência morna e cansativa, que, no máximo, merece uma sessão casual em casa, não a ida ao cinema.
A trama começa com uma premissa interessante: David Chamberlain (Joel Kinnaman) está prestes a ser pai e, ao correr para o hospital onde sua esposa está em trabalho de parto, é sequestrado por um passageiro misterioso, interpretado por Nicolas Cage, que exige ser levado a Boston. No entanto, logo se percebe que esse sequestro não é o que parece, e o grande mistério gira em torno das motivações do criminoso.
Ao longo do filme, o suspense é mantido em cima da dúvida: por que esse pai de família foi sequestrado? Por que dessa forma? A grande reviravolta acontece quando descobrimos que o verdadeiro nome do protagonista é James, um homem com um passado sombrio, e o sequestro é na verdade uma vingança pela morte da filha do sequestrador. A partir daí, o filme entra em uma espiral de explosões, mortes e perseguições, com um clímax em uma lanchonete de beira de estrada, um cenário bastante comum nos Estados Unidos.
No entanto, apesar de algumas cenas de ação intensas no último ato, "Ligação Sombria" peca por ter um roteiro extremamente fraco, recheado de diálogos sem substância e momentos de monotonia que testam a paciência do espectador. A maioria do filme se passa dentro de um carro, o que poderia funcionar para criar tensão, mas acaba apenas destacando o ritmo arrastado. E mesmo com toda a expectativa criada em torno do filme ser estrelado por Nicolas Cage, ele não consegue salvar o longa das falhas narrativas.
Outro ponto que merece crítica é a trilha sonora. Embora recheada de música pop, o filme surpreende ao não utilizar o famoso clássico dos Rolling Stones, Sympathy for The Devil, que tem o mesmo nome do título original, algo que muitos espectadores esperavam.
"Ligação Sombria" é, em última análise, um filme que poderia muito bem ter sido lançado diretamente nas plataformas de streaming, sem a necessidade de passar pelos cinemas. Com um roteiro que falha em capturar a atenção e uma execução que não justifica o hype em torno do nome de Nicolas Cage, o longa se posiciona como uma experiência esquecível.
Se você está esperando um thriller psicológico envolvente, com certeza ficará decepcionado. Mas, se a ideia é assistir a algo despretensioso em casa, talvez valha dar uma chance. De qualquer forma, não espere muito.
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