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Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa (Crítica Sem Spoilers)

Atualizado: 2 de fev. de 2022

Épico e Nostálgico.

Em anos em que a Marvel Studios esteve quase para abrir falência, e antes da compra pela Disney, e estabelecer o universo de cinema espetáculo como vemos hoje em dia, ou sonharmos com Vingadores e vendo os X-Men decolando na tela grande, Homem-Aranha já estava pronto para deixar suas teias nos cinemas em 2002.


Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa começa diretamente após os acontecimentos do filme anterior, e o longa tenta explorar as consequências da revelação de que Peter Parker é o alter-ego Homem aranha.

Até ai seguimos nosso protagonista tentando lidar com essa descoberta.



No que aparentemente seria mais uma sequencia dos dois filmes anteriores dirigidos por John Watts, já nos encontramos de volta a aquele conforto chamado MCU, com Feige no volante, até que já percebemos que não. Não é mais um filme apenas da Marvel, e sim algo bem mais ambicioso.


Desde seu primeiro trailer Sem Volta Para Casa, foi bombardeado de teorias, das mais simples as mais mirabolantes e isso deixou o 3º longa, um dos filmes mais esperados, até mais que os predecessores da própria Marvel, como Vingadores: Ultimato que foi o quase como um desfecho desses 10 anos de filmes desse estúdio que aprendemos a amar e odiar.


Foi nesse ponto que a Sony acertou em cheio, sabendo a propriedade que tem em mãos, começou a nos deixar ansiosos desde que Homem-Aranha: Longe de Casa terminou.


No primeiro trailer ela já nos levou pela mão e falou: Vem comigo.




Após vazamentos, trailers e entrevistas, sabíamos que teríamos visitas de vilões de filmes anteriores de Sam Raimi e de Marc Webb, como Duende Verde, Dr. Octopus, Electro e Homem Areia. Mas tinha uma questão que ainda pendurava, Tobey Maguire e Andrew Garfield iriam retornar?



O filme em si, confiou bastante nesses elementos de surpresa, não é a toa que foi a maior abertura da história do cinema Brasileiro, mesmo em tempos caóticos devido a pandemia.


O longa da Sony/Marvel se apresenta logo de início como um filme de super-herói com aquela trama básica, entramos na vida de um adolescente, que apenas queria viver essa fase da sua vida em paz, mas como sabemos não é o que acontece.


A partir do momento que ele vai atrás de uma solução mágica para seu problema e de seus amigos, ele acaba desencadeando um efeito catastrófico. Mas já esperávamos por isso. certo?



Desse ponto o filme deixa andar com as próprias pernas, e é conduzido por surpresas e fan services que no fim das contas, nos prendem e nos deixam na ponta dos acentos, e se sucede até terceiro ato do longa. Percebemos o roteiro vaso, bem depois.


Porém vemos um filme mais denso e pesado com uma perda para o nosso protagonista, que em cena entrega bem e surpreende como ator dramático, diferente de seus papeis anteriores ou em quaisquer de suas aparições em filmes do MCU.



Mas tudo isso é deixado para trás quando somos surpreendidos com referencias passadas e a nostalgia assume. Nesse ponto não estamos vendo mais um filme com um roteiro coeso e direto, ou até simplificado como os filmes da Marvel costumam ter.


Agora é fã service e nostalgia até o fim, nos desprendemos do filme, como narrativa e abraçamos a fantasia, o que viemos fazer.



O filme volta aos trilhos nos últimos momentos, que depois de estarmos anestesiados de toda as maravilhas que vimos, percebemos que esse é um filme do Tom Holland, e ele se sobressai, como falei, ele entrega como ator, possivelmente melhor atuação em sua carreira são os últimos minutos desse filme.


Homem-Aranha - Sem Volta Para Casa, entrega o que promete, nostalgia, fã service na medida que não chega a estragar a experiência.


No Fim das contas, Sem Volta Para Casa é uma carta de amor aos fãs, de todas as gerações, e tudo que você espera de um filme do teioso está lá. As cenas de ação estão incríveis e bem verídicas, o filme possui coração, e um elenco super estrelado. Todos os atores sem exceção que estão repetindo seus respectivos papéis, estão muito melhores. Willem Dafoe e Jamie Foxx se entregam de verdade ao seus personagens, como se tivessem uma segunda chance.



O filme nos deixa boquiabertos, com coisas que já estávamos esperando, e isso é seu maior êxito. Mas no fim é uma alegoria a todos os filmes de super heróis, e não tenta ser um filme sério com um roteiro bem elaborado. Pois além de nos deixar perplexos, emotivos e imersos na experiência do filme, nos faz celebrar o filme como uma obra prima. Missão Cumprida.



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