Épico e Nostálgico.
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Em anos em que a Marvel Studios esteve quase para abrir falência, e antes da compra pela Disney, e estabelecer o universo de cinema espetáculo como vemos hoje em dia, ou sonharmos com Vingadores e vendo os X-Men decolando na tela grande, Homem-Aranha já estava pronto para deixar suas teias nos cinemas em 2002.
Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa começa diretamente após os acontecimentos do filme anterior, e o longa tenta explorar as consequências da revelação de que Peter Parker é o alter-ego Homem aranha.
Até ai seguimos nosso protagonista tentando lidar com essa descoberta.
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No que aparentemente seria mais uma sequencia dos dois filmes anteriores dirigidos por John Watts, já nos encontramos de volta a aquele conforto chamado MCU, com Feige no volante, até que já percebemos que não. Não é mais um filme apenas da Marvel, e sim algo bem mais ambicioso.
Desde seu primeiro trailer Sem Volta Para Casa, foi bombardeado de teorias, das mais simples as mais mirabolantes e isso deixou o 3º longa, um dos filmes mais esperados, até mais que os predecessores da própria Marvel, como Vingadores: Ultimato que foi o quase como um desfecho desses 10 anos de filmes desse estúdio que aprendemos a amar e odiar.
Foi nesse ponto que a Sony acertou em cheio, sabendo a propriedade que tem em mãos, começou a nos deixar ansiosos desde que Homem-Aranha: Longe de Casa terminou.
No primeiro trailer ela já nos levou pela mão e falou: Vem comigo.
Após vazamentos, trailers e entrevistas, sabíamos que teríamos visitas de vilões de filmes anteriores de Sam Raimi e de Marc Webb, como Duende Verde, Dr. Octopus, Electro e Homem Areia. Mas tinha uma questão que ainda pendurava, Tobey Maguire e Andrew Garfield iriam retornar?
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O filme em si, confiou bastante nesses elementos de surpresa, não é a toa que foi a maior abertura da história do cinema Brasileiro, mesmo em tempos caóticos devido a pandemia.
O longa da Sony/Marvel se apresenta logo de início como um filme de super-herói com aquela trama básica, entramos na vida de um adolescente, que apenas queria viver essa fase da sua vida em paz, mas como sabemos não é o que acontece.
A partir do momento que ele vai atrás de uma solução mágica para seu problema e de seus amigos, ele acaba desencadeando um efeito catastrófico. Mas já esperávamos por isso. certo?
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Desse ponto o filme deixa andar com as próprias pernas, e é conduzido por surpresas e fan services que no fim das contas, nos prendem e nos deixam na ponta dos acentos, e se sucede até terceiro ato do longa. Percebemos o roteiro vaso, bem depois.
Porém vemos um filme mais denso e pesado com uma perda para o nosso protagonista, que em cena entrega bem e surpreende como ator dramático, diferente de seus papeis anteriores ou em quaisquer de suas aparições em filmes do MCU.
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Mas tudo isso é deixado para trás quando somos surpreendidos com referencias passadas e a nostalgia assume. Nesse ponto não estamos vendo mais um filme com um roteiro coeso e direto, ou até simplificado como os filmes da Marvel costumam ter.
Agora é fã service e nostalgia até o fim, nos desprendemos do filme, como narrativa e abraçamos a fantasia, o que viemos fazer.
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O filme volta aos trilhos nos últimos momentos, que depois de estarmos anestesiados de toda as maravilhas que vimos, percebemos que esse é um filme do Tom Holland, e ele se sobressai, como falei, ele entrega como ator, possivelmente melhor atuação em sua carreira são os últimos minutos desse filme.
Homem-Aranha - Sem Volta Para Casa, entrega o que promete, nostalgia, fã service na medida que não chega a estragar a experiência.
No Fim das contas, Sem Volta Para Casa é uma carta de amor aos fãs, de todas as gerações, e tudo que você espera de um filme do teioso está lá. As cenas de ação estão incríveis e bem verídicas, o filme possui coração, e um elenco super estrelado. Todos os atores sem exceção que estão repetindo seus respectivos papéis, estão muito melhores. Willem Dafoe e Jamie Foxx se entregam de verdade ao seus personagens, como se tivessem uma segunda chance.
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O filme nos deixa boquiabertos, com coisas que já estávamos esperando, e isso é seu maior êxito. Mas no fim é uma alegoria a todos os filmes de super heróis, e não tenta ser um filme sério com um roteiro bem elaborado. Pois além de nos deixar perplexos, emotivos e imersos na experiência do filme, nos faz celebrar o filme como uma obra prima. Missão Cumprida.
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