Quando "Homem-aranha no Aranhaverso" chegou aos cinemas em 2018, se provou algo surpreendentemente, diferente de tudo que já havíamos visto em animações. E com todo este sucesso e impacto visual, foi comprovado que nem toda grande animação de estúdio precisava se parecer com Toy Story para ter sucesso. Essa epifania foi difundida e sentida desde então, até que a sequência "Homem-Aranha: Através do Aranhaverso" que acabou atrasando por conta da pandemia, chegou finalmente aos cinemas provando mais uma vez um impacto visual deslumbrante nas telonas.
Temos aqui, uma continuação extremamente confiante e arrebatadora, Através do Aranhaverso nos prende desde o início com uma intro de 25 minutos apresentando o multiverso do futuro, um abutre da era DaVinci desenhado a partir de "pergaminhos", e uma tragédia anunciada para Gwen Stacy. É isso só é apenas o início, e só aumenta as nossa apostas a partir daí.
Desde que se tornou "o primeiro e único Homem-Aranha", Miles Morales (Shameik Moore) tem falhado muito na escola porque seus deveres de aranha atrapalham os seus estudos. O Mancha (Jason Schwartzman) é um desses incômodos, um vilão bem "classe B" que acaba se tornando uma grande ameaça ao multiverso. Perseguindo o vilão até Mumbattan, megacidade de dimensão alternativa e inspirada em Mumbai, Miles se une a Gwen (Hailee Steinfeld), o Homem-Aranha indiano Prabhakar (Karan Soni) e ao mais polêmico dos aranhas, Hobie o sensacional (e sincero) Spiderpunk (Daniel Kaluuya) para parar o mancha . Mas depois de conhecer o Homem-Aranha 2099 (Oscar Isaac), o líderes em humor da Sociedade Aranha, “uma força de ataque de elite dedicada à segurança do multiverso”, Miles descobre uma verdade que ameaça destruir seu mundo.
É quase redundante dizer que uma sequência do Aranhaverso é incrível. Mas de fato o longa animado consegue ser ainda mais incrível que o primeiro. Hobie (Spiderpunk), por exemplo, é renderizado em estilo de arte visual punk, dando a ele a aparência de um álbum de recortes ambulante que vive mudando de cor, enquanto centenas de homens-aranha aparecem na tela para uma sequência de perseguição alegremente caótica! É amigos, realmente não é de admirar que os três diretores do longa estão sendo super bem avaliados mundialmente. A estética da 'história em quadrinhos viva' foi refinada e avançada exponencialmente, assim como a ação emocionalmente dinâmica e acrobática.
Co-escrito pelos criativos Phil Lord e Chris Miller (ao lado de Dave Callaham de Shang-Chi), a animação traz um roteiro cheio de caos, dramas, ação e várias sequências de tirar o fôlego! Uma espécie de sequência levemente remixada.
Uma das falas da personagem Gwen é: "Vamos fazer as coisas de maneira diferente desta vez", e isto é um mantra que pode ser aplicado ao filme como um todo. Como uma história de multiverso, ela cumpre a promessa perfeitamente, na medida em que realmente nos leva a novos mundos radicalmente diferentes, lindamente realizados e incrivelmente divertidos, sendo um dos mais notáveis a base futurística da Spider Society.
Embora o cerne da história demore muito para entrar em foco, a eventual revelação joga com o conhecimento do Spidey de maneiras inteligentes e afeta profundamente as apostas pessoais. Miles também não perde a irreverência e o humor do primeiro filme - até mesmo a história de origem do supervilão Mancha é uma piada digna do hall da fama e funciona muito bem na narrativa.
A animação foi desenvolvida simultaneamente com o terceiro longa Além do Aranhaverso, que estreia em 2024, e por isto há problemas inevitáveis da primeira parte a serem enfrentados, arcos de personagens meio completos e enormes enredos ainda pendentes, então prepare-se para a falta de resolução, isto vai ficar para o último filme da trilogia. E se a história criada aqui vai valer a pena no terceiro filme, ainda não sabemos, mas sendo bem honesto? Não lembro de uma sequência que superou o primeiro filme, isto é muito raro de acontecer, e partindo dessa ideia, relaxa que o terceiro filme com certeza vai ser um verdadeiro show de emoção, cores e muita ação!
Concluindo, o filme é a real" experiência do aranhaverso" que o nome promete e muito mais do que o primeiro filme. A história foi muito mais bem contads e agora não foca em como alguém que não esperava vai se tornar o Homem-Aranha, e sim em como alguém que já é ele lida com os infinitos problemas e sacrifícios que um Aranha tem que lidar.
Os efeitos visuais e animações estão tão incríveis que fazem o olho brilhar, fora o fato de o filme focar muito mais no emocional do que o primeiro o filme fazia. Esse filme mostra os porquês dos Aranhas serem quem são e o que os fazem continuarem fortes e o que pode deixar eles fracos. Esse filme consegue te prender muito mais, te deixar aflito e maravilhado com várias cenas, deu para perceber que tudo foi muito mais planejado do que imaginávamos.
Cenas para amar e apreciar não faltam nesse filme, além de referências sem fim e momentos de surpresas gigantes, tanto boas quanto perigosas.
Esse filme vale a pena, mas o veredito definitivo fica nas mãos da continuação "Além do Aranhaverso", que promete mais ainda do que as obras de artes absolutas que foram tanto o primeiro quanto o segundo filme. Uma verdadeira obra-prima, uma carta de amor aos fãs do cabeça-de-teia.
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