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Gladiador 2 | Crítica sem Spoilers


Como superar um clássico vencedor do Oscar, aclamado pela crítica e considerado por muitos como um dos melhores filmes de todos os tempos? A resposta é: Não tem!


Gladiador 2 chega tentando emular a fórmula que fez do filme original de 2000 um clássico absoluto: A jornada de um homem que é exilado de Roma, perde tudo, é vendido como escravo, vira um gladiador e luta para retomar seu lugar em Roma e buscar sua vingança. A diferença? Desta vez, falta a alma que guiava Maximus vivido pelo incomparável Russell Crowe na história original. Ridley Scott entrega um espetáculo visual, mas a narrativa se apoia tanto nos ecos do passado que acaba parecendo um “reboot disfarçado” em vez de uma sequência original.



O filme se inicia também de forma semelhante ao original, com uma batalha de proporções épicas, que são superiores até mesmo a do primeiro filme. A partir daí já conhecemos a história, perda e a busca pela vingança. No entanto diferente de Gladiador esse primeiro ato nos é apresentado de forma apressada, não nos dando tempo para se identificar ou se apegar a jornada de Lucius.



Paul Mescal, no papel principal, não consegue transmitir nem de longe o mesmo carisma e intensidade que Russell Crowe trouxe para Maximus. Sua jornada, embora semelhante, carece de peso emocional. Pedro Pascal, como o general Acácius, se destaca com uma atuação sólida e uma presença marcante as melhores cenas de luta acontecem quando ele esta em cena, enquanto Joseph Quinn como o Emperor Geta, com seus maneirismos excessivos, parece ter se perdido na grandiosidade de seu papel, Connie Nielsen retorna como Lucila, trazendo um toque de nostalgia que funciona muito bem. Mas quem realmente eleva o filme a máxima potência é Denzel Washington como Macrinus, com uma performance que traz peso e imponência a cada cena – é ele quem mantém o público engajado nessa narrativa pouco original.



As cenas de batalha são um espetáculo à parte, até mais épicas do que as do primeiro filme, com coreografias intensas e visuais grandiosos. No entanto, os efeitos especiais, apesar de impressionantes, às vezes exageram no CGI, o que tira um pouco da imersão visceral que marcou o original, que priorizava efeitos práticos. É como se Scott tivesse decidido que “maior é melhor” em tudo, mas esqueceu de que a força do primeiro filme vinha da simplicidade emocional em meio à grandiosidade, inclusive muito da trilha do primeiro filme é reaproveitada na sequência, para tentar nos lembrar que estamos de volta ao Coliseu.



No fim, Gladiador 2 tenta ser tudo o que o original foi, mas sem o mesmo impacto. É um filme bonito de se ver, com lutas épicas e boas atuações, especialmente como citado acima de Denzel Washington e Pedro Pascal, mas falta a força emocional que conectava o público à história. Como Maximus gritou no Coliseu: “Vocês não estão entretidos?” Aqui, a resposta talvez seja: “Até que sim, mas não tanto”.


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