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Deadpool & Wolverine | Crítica sem spoilers



Após seis anos desde o lançamento de Deadpool 2, finalmente, veio a grande e tão aguardada estreia de Deadpool & Wolverine, que, assim como seus antecessores, esse filme não decepcionou em nada e é um belo presente aos fãs da Marvel.


O longa começa com a história um pouco avançada, seguindo o padrão dos outros dois filmes, no qual vemos Deadpool prestes a enfrentar adversários que ainda não tínhamos visto na franquia. Mais uma vez, é uma ótima cena de abertura, com ótimas piadas e ação de tirar o fôlego, acompanhada de "Bye Bye Bye" do *NSYNC.



Aproveitando isso, é necessário dizer o quão boa é a trilha sonora de Deadpool & Wolverine. Os outros dois filmes também tiveram músicas excelentes e que combinavam com as cenas em questão, mas eles foram superados. Principalmente, ao utilizar "Like a Prayer" que, por ser uma música da Madonna, não é nem um pouco fácil conseguir seus direitos. Mas Ryan Reynolds fez seu trabalho de produtor e conseguiu a autorização pessoalmente da rainha do pop. E ela cai como uma luva, não apenas por conta da sequência em que ela toca, mas ela representa bem o que acompanhamos nos últimos anos. É impensável pensar em outra canção além de "Like a Prayer".


Apesar de ser o terceiro filme da franquia, Deadpool não é o único protagonista e mesmo que isso pareça óbvio, já que o outro é o Wolverine, uma vez que a trama é dividida entre eles, as piadas de quebra de 4ª parede são menores nessa produção. Não que isso seja ruim, mas acho válido comentar, pois é comum o público esperar muitas piadas sobre isso.



E já indo nesse ponto sobre os dois personagens, o equilíbrio entre eles é perfeito. A química entre os atores Ryan Reynolds (Wade Wilson/Deadpool) e Hugh Jackman (Logan/Wolverine) é maravilhosa. Ambos nasceram para interpretar seus personagens e passaram por problemas similares ao sofrerem críticas quando foram escalados. Mas as interações entre os dois, o gancho de piadas, as cenas de lutas e, principalmente, o desenvolvimento que cada um enfrenta é a melhor coisa no filme.


Entretanto, ainda que Wade e Logan estejam muito bem no filme, além de outros personagens secundários maravilhosos, a vilã passa um pouco despercebida. Não por ser ruim, pois Cassandra Nova, interpretada por Emma Corrin, foi uma grata surpresa, só que não teve tanto tempo de tela quanto merecia. Ela fica um pouco na sombra dos protagonistas, mas quando está em cena, ela tem presença. É temível, calma e emite um ar de superioridade respeitável. Só que Cassandra serve apenas como ponte para a história andar e, justamente, por ser uma ótima personagem, você deseja vê-la com mais tempo de tela. Ainda que o final seja muito bom, ele poderia ser melhor.



Inclusive, os efeitos especiais utilizados nas cenas da vilã são surpreendentes. São feitos para incomodar o público, mas não por algo mal feito e sim para mostrar seu poder. Quem assistir, entenderá bem sobre o que me refiro e é algo que deveria ter sido elaborado em outros filmes da Marvel, os quais decepcionaram muito no quesito de efeitos especiais.



Já em relação ao roteiro, irei dizer algo que acho necessário, principalmente, aos fãs de filmes de heróis. A proposta de Deadpool é simples e não pede algo muito elaborado. O enredo é apresentado, o filme se desenvolve e tem um final esperado. Se analisar bem, o roteiro de Deadpool, no geral, é nada demais. Mas o que transforma ele em um bom filme, é que ele faz bem o que propõe. Não apenas o crescimento entre Deapool e Wolverine, mas também mostrar diversos personagens para surpreender os fãs, criando uma boa empolgação e ficarem animados com cada participação. Além também da ação e violência que são características fundamentais nas produções do mercenário tagarela. Seja no início, meio e fim, todos esses momentos são incríveis.


Porém, ainda assim, por mais que Deadpool & Wolverine seja um filme de comédia e sátira, é necessário falar sobre seu roteiro que, como mencionado, trabalha bem o que apresenta. O que chegou a me incomodar, é a sua premissa. Nosso querido mercenário é convocado para ajudar em algo, mas não é explicado exatamente para que será sua ajuda. Não há uma clareza para sua necessidade, mesmo que possa criar teorias sobre isso, parecendo mais uma rápida desculpa para introduzir a história e isso se desenvolver. Não me entendam mal, o filme por completo é muito bom, ele de fato salvou o UCM, porém esse problema no começo é um incômodo, mas nada que estrague a produção inteira.



Em vista disso, palmas para a direção de Shawn Levy, que já trabalhou anteriormente com Reynolds e Jackman em filmes anteriores, sendo, respectivamente, em Free Guy (2021) Gigantes de Aço (2011). Para quem assistiu as duas obras, verá familiaridades em Deadpool & Wolverine, no que se diz a uma boa condução na história em momentos mais leves e engraçados, mas também em cenas de ação com câmera lenta. Tudo isso foi muito bem utilizado para o público apreciar à vontade todos esses momentos e se divertir bastante, porém, há um e outro momento que o CGI incomoda nessas cenas. Ainda que possam ser momentos difíceis de se utilizar os efeitos, essa estranheza tira um pouco a imersão do espectador e, ao meu ver, não aproveita 100% da ação.


Por fim, Deadpool & Wolverine é, facilmente, o melhor filme da Marvel nos últimos anos, mesmo que não seja difícil a comparação. Ele é recheado de participações e referências, porém, é feito para quem acompanha os filmes de heróis há muitos anos. Os fãs mais novatos podem não entender algumas coisas apresentadas, ou então não saberem o quão importante é certa cena ocorrer, mas isso não vai tirar a boa experiência do filme. Logo, Ryan Reynolds e Hugh Jackman são uma excelente dupla e nos presentearam com esse belo sucesso que, apesar de poucas coisas negativas, elas não afetam a experiência e eles superaram as expectativas que todos tinham neles.




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