Sem spoilers!
Cemitério Maldito (Pet Sematary) é considerado um dos livros mais assustadores de Stephen King e já havia sido adaptado aos cinemas pela diretora Mary Lambert em 1989. O clássico foi um filme de baixo orçamento que se tornou um cult na imaginação do público e que trouxe uma das cenas mais impactantes do cinema até hoje (um bebê sendo atropelado por um caminhão).
Tendo mais recursos e estrutura que o filme clássico, e aproveitando o revival de King e do gênero de terror com It: A Coisa, a Paramount Pictures aprovou e construiu uma nova adaptação de Pet Sematary, que teve a sua estreia apresentando algumas diferenças do filme original e se distanciando de alguns eventos do livro. Um desenvolvimento inesperado e cheio de surpresas que provavelmente dividirá opiniões. Não podemos negar a audácia do roteiro de Jeff Buhler e David Kajganich em modificar a história para entregar um desfecho ainda mais angustiante do que aquele imaginado por King.
O enredo principal gira em torno da família Creed, que muda-se para um grande casarão localizado ao lado de um cemitério de animais. Louis (Jason Clarke) e sua esposa Raquel (Amy Seimetz) resolvem morar naquele lugar em busca de paz e para que os seus filhos cresçam de uma forma mais tranquila, mas logo descobrem os terríveis segredos que se escondem na floresta por trás da casa que escolheram. Afinal, o cemitério de animais, destinado para enterrar os vários animaizinhos de estimação daquela região, é apenas o início de algo bem mais macabro.
Esta nova versão de Cemitério Maldito é um filme de terror sereno que mistura elementos psicológicos e de suspense. Um filme assustador e que ao mesmo tempo tem o benefício de ser objetivo e eficiente, além de um roteiro estável e muito bem escrito (sem excessos). Mais uma ótima adaptação da incrível mente de Stephen King, que toma liberdades criativas e entrega um material tão bom quanto o clássico de 89, além de presentear os fãs do gênero com algumas incríveis surpresas.
Por Moezio Vasconcellos
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