Hey Bangers! Assisti o 4° filme do Capitão América e confesso que fiquei bastante surpreso com diversoes fatores. Vamos lá!
Capitão América: Admirável Mundo Novo é uma sequência de Vingadores: Ultimato, Falcão e o Soldado Invernal, O Incrível Hulk e até mesmo de Eternos. Para os fãs que tanto reclamaram da falta de conectividade na Saga do Multiverso e principalmente com o Celestial petrificado no oceano que até então era ignorado nos filmes anteriores, agora podem ficar mais tranquilos, pois tudo isso está aqui! Finalmente.
A responsabilidade que este filme carrega para o atual universo cinematográfico marvel, tem um peso muito maior do que parece. Afinal, servir tantas histórias anteriores rouba do filme uma identidade clara, e a bagunça de tudo isso muitas vezes ofusca a primeira aventura solo emocionante e cheia de ação do novo Capitão América de Sam Wilson no UCM.
A história? Bom, é exatamente o que vimos nos trailers. Depois que o ex-general e agora presidente Thaddeus Ross é atacado, Sam deve investigar uma conspiração que pode resultar em outra guerra mundial. Daí em diante, temos alguns momentos interessantes ao longo do caminho, apesar do vilão "O Líder" ser extremamente subutilizado, sua dinâmica com Ross é de longe a subtrama mais convincente no longa, que traz um clima investigativo e político que culmina em uma batalha do Capitão América contra o Hulk Vermelho, que por sí só já vale a ida ao cinema.
Muito se falou sobre as refilmagens, mas elas nem são tão gritantemente aparentes quanto alguns "influencers" querem que você acredite. O maior problema com Capitão América: Admirável Mundo Novo é a forma que o filme foi editado, às vezes, parece um verdadeiro frankenstein. Fora isto o diretor Julius Onah está de parabéns por trazer às telonas um pouco da essência que faltava nos filmes que fizeram sucesso no início do UCM lá em 2008. Em termos de tom, em vários momentos o filme lembra a pegada investigativa e política de Capitão América: O Soldado Invernal, mas calma padawan, eu disse que apenas "lembra", este filme aqui ainda passa longe do incrível roteiro cheio de camadas que vimos no filme de 2014.
Outro ponto super positivo no filme, aliás, um dos principais, foi ver o Hulk Vermelho de Ross (Harrison Ford) em ação! É meus caros, parece que finalmente a casa das ideias reconheceu o grave erro cometido com as suas escolhas que levaram o Hulk verde ao limbo, o deixando nerfado, calmo e capenga. Aqui nós somos apresentados a um Hulk Vermelho visceral, brabo, casca-grossa, violento, selvagem e destruidor. Um Hulk que com um simples tapa destrói construções de concreto como se fossem feitas de papel crepom. Ele foi com certeza um dos pontos mais altos do filme, e com certerza lavou a alma dos fãs do gigante. Pobre Sam.
As cenas de ação são um destaque à parte, mesmo Sam Wilson sendo um Capitão América sem o soro do Super Soldado, ele representa muito bem o legado de Steve Rogers. Precisamos entender que são pessoas diferentes vestindo um manto de um herói, e isto funciona muito bem no longa. Sam é um simples humano, sem a super força, super agilidade e velocidade de Steve Rogers, o que até torna interessante ver como o personagem irá fazer frente a adversários com super poderes. As batalhas aéreas são intensas, o combate corpo a corpo (na maioria) impressiona, e quando Sam e Hulk Vermelho finalmente lutam, é a Marvel Studios no seu melhor, raiz.
O Hulk Vermelho tem mais tempo de tela do que fomos levados a acreditar e é muito divertido assistir um Hulk furioso sendo solto na tela novamente. Toda vez que Harrison Ford aparece, o filme sobe de level. O lendário ator está maravilhoso como Thaddeus "Thunderbolt" Ross e suas cenas com Anthony Mackie estão entre as melhores do filme. Ford foi de longe um dos grandes acertos da Marvel Studios para essa fase, e oferece uma visão cativante do presidente que só tropeça quando o roteiro não lhe dá material forte o suficiente para trabalhar. Talvez mais cenas na Casa Branca não seria uma má ideia, por exemplo.
Por outro lado, Anthony Mackie se consolida como Capitão América, mesmo que algumas das mensagens sejam repetidas da série Falcão e O Soldado Invernal. O ator já havia conquistado seu lugar como Cap na série Disney+, então insistir tanto em não ser um Super Soldado e se sentir indigno do manto é um pouco redundante. O retorno de Carl Lumbly como Isaiah Bradley é excelente, ele está muito bem e até ajuda a engrenar ainda mais a história dentro da narrativa. Porém não podemos dizer o mesmo de Danny Ramirez como Joaquin Torres. Este foi um ponto fraquíssimo! Definitivamente este filme não precisava de um segundo herói alado, O Capitão América não precisa de um sidekick, e colocar um novo "Falcão" aqui para entregar alívio cômico, foi bem desinteressante e até destoou bastante do resto do fime.
Na verdade, seria muito melhor se Sam fosse acompanhado por Isaiah ou até Bucky, o que poderia ter enriquecido a história contada com uma dinâmica muito mais mais rica do que um "Falcon Jr." e uma ex-viúva negra.
Giancarlo Esposito está muito bem e brilha em todas as cenas de seu personagem "Coral". Já era de se esperar deste baita ator, mas acredito que poderia ter sido mais utilizado no filme trazendo ainda mais ação.
Quanto ao tão esperado retorno de Tim Blake Nelson como "O Líder", o ator está muito bem, mas só aparece ocasionalmente como uma espécie de "vilão zumbi", revelando algumas probabilidades e provocando seus inimigos. Mesmo sendo o principal vilão do filme, o antigo "Mr. Blue" com certeza precisava de mais tempo em tela, o que foi um grande desperdício.
Então, sim, este filme é falho. No entanto, não é um filme ruim e certamente não é um desastre como alguns "pseudo-críticos" e "influencers" querem que você acredite. Capitão América: Admirável Mundo Novo é um filme de ação agradável que tenta surfar no estilo de "Capitão América: Soldado Invernal" com uma história simples e algumas cenas de ação genuinamente boas. Sam é um personagem incrível e embora seu primeiro filme pareça mais um episódio estendido de Falcão e o Soldado Invernal às vezes, quando é bom, é muito bom. O Filme é a Marvel Studios voltando as suas raízes, mostrando que ainda existe uma luz no fim do túnel.
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