O terceiro filme da saga Animais Fantásticos, veio com um mix de apreensão e polémicas, se de uma lado tínhamos a fan base preocupada com o andar da história e roteiros, depois da divisão de opiniões que foi Os Crimes de Grindewald, por outro lado a mudança de Johnny Depp por Mads Mikkelsen deixava a estreia do filme mais intrigante.
A trama da vez nos apresenta Alvo Dumbledore (Jude Law) em um tremendo impasse, ja que tem conhecimento das ambições do poderoso Gellert Grindelwald (Mads Mikkelsen), e de como ele está se movimentando para assumir o controle do mundo mágico. Sendo ele incapaz de detê-lo sozinho, por seu juramento, ele pede a Newt Scamander (Eddie Redmayne) para liderar essa missão perigosa. Isso claro com a ajuda de velhos e novos amigos, além dos queridíssimos animais fantásticos. Tudo isso acontece em paralelo aos conflitos, internos dos próprios personagens e a crescente legião de seguidores de Grindelwald.
Inicialmente o filme já entrega o que mais queríamos ver, a interação entre Dumbledore e Grindelwald, deixando claro suas relações e motivações, além do porque não poderia ter enfrentamento entre os dois. Devo dizer que o dialogo me convenceu. Tinha medo de como iam transmitir essa relação, depois de todas as polémicas envolvendo a sexualidade do personagem, mais no fim achei que foram bem felizes com a ideia.
Desde já, você deve saber jovem bruxo, que sim esse é o filme do Dumbledore! Temos personagens já conhecidos e amados como Newt Scamander, Theseus Scamander, Credence Barebone, Queenie Goldstein e Jacob Kowalski. Como também novos rostos como Aberforth Dumbledore, Eulalie hicks e a nossa queridíssima Vicência Santos. Nenhum personagem consegue atrair nossa atenção mais que Dumbledore (nenhuma novidade sobe o sol).
Jude Law está incrível acho que não haveria melhor escolha para o personagem, ele nos passa verdade, um Dumbledore estrategista, astuto, apaixonado e manipulador, quando em busca das conquistas e de seus propósitos, mas ao mesmo tempo um pouco inseguro aos seus sentimentos e escolhas do passado. E por falar em Dumbledore... Nesse filme também somos apresentados a Aberforth Dumbledore (Richard Coyle), que também esta incrível em seu papel, a sua ligação com Alvo é extremamente desgastada, cheia de marcas do passado mais ainda familiar é estranha, as vezes incomoda mais muito verdadeira. Ambos são atormentados pelos fantasmas do passado. E é nos diálogos desses dois irmãos que mistérios são revelados.
Mas quando se trata de Grindelwald, é difícil não comparar a caracterização de Johnny Depp, ainda é muito marcante para os fans, ele nos trouxe um personagem caricato e muito forte. Mads Mikkelsen já aparece como nosso grande antagonistas sem rodeios, diferente das teorias da revelação dessa nova aparência. Ele se mostra poderoso, ambicioso e claramente um vilão, mas talvez tenha faltado um pouco mais de entrega, faltou alguma coisa. Aquele não foi o Grindelwald temível que eu esperávamos. Por pegar o barco andando, acho que não ouve tanto vínculo, com o personagem, quanto o esperado. Ou no fim ele só teve a infelicidade de não ter interpretado o personagem desde o início. Mudanças em qualquer franquia é dificilmente certeira, realmente espero ver uma evolução maior e que Mikkelsen sinta mais a vontade com o personagem.
Agora devo falar do papel que nos fez vibrar, Maria Fernanda Cândido está incrível, tem poucas falas? sim! Tem poucas aparições, também! Mas está presente em momentos pontuais e de grande relevância. Nossa ministra da magia é imponente, sábia, e não baixa a cabeça para ninguém, tendo grande importância nos momentos finais de uma grande decisão. Essa escolha deixa clara a noção dos roteiristas J. K. Rowling e Steve Kloves, do peso do universo de Harry Potter no Brasil, causando conveniências para nossa representante, um verdadeiro afago nos bruxinhos brasileiros.
E claro, devo falar do protagonista que deu inicio a franquia, Newt Scamander. Desde o segundo filme se mostra cada vez mais secundário na sua própria franquia, depois de Os Crimes de Grindelwald vemos o personagem mais como uma ponte os impasses de Grindelwald e Dumbledore, do que necessariamente um protagonista. Ainda temos a participação dos "animais fantásticos", as fofuras e as cenas engraçadinhas, mais o filme deixou de ser sobre isso há um tempo. Nesse filme em questão temos uma grande relevância de um dos animais, mais nada que seja de grandiosa importância para o enredo, já que a criatura poderia ser trocada por qualquer outro objeto mágico.
Personagens como a Queenie Goldstein e Jacob Kowalski, estão lá mais para encher linguiça, ambos os atores são carismáticos, o que não incomoda ver na tela, mas o arco deles não afeta o enredo principal. Theseus Scamander (Callum Turner), Eulalie Hicks (Jessica Williams), Yusuf Kama (William Nadylam), Bunty (Victoria Yeates), em conjunto com Newt Scamander (Eddie Redmayne), nos serve apenas como ponte para a história principal. Talvez o mais legal seja mesmo pensar que essa formação seria a nossa primeira "Armada de Dumbledore".
Ezra Miller como Credence se mostra bem mais tímido e submisso em seu papel, diferente do que vimos no final do filme anterior, ainda assim ao subir dos créditos devo dizer que senti falta de sua dupla inseparável ,Nagini (Claudia Kim), não era a personagem que mais me impressionou anteriormente, mas foi uma das que mais me despertou curiosidade sobre sua história, já que ela é uma das poucas criaturas que está presente na franquia principal de Harry Potter.
Por fim devo dizer que foi uma experiencia agradável, me surpreendi bastante com o resultado, me apaixonei por toda nostalgia que o filme entrega em forma de trilha sonora e cenários conhecidos. Esse filme se mostra muito superior ao seu antecessor, nos trazendo um clima de satisfação gostozinho no final, despertando mais uma vez minha curiosidade para o que estar por vir.
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